Jairo Carmo cria um Balaio de dois para retratar a difícil jornada de um casal.
O amor, o companheirismo, a intimidade e as vivências conjuntas às vezes são postos à prova, à espera de um desenlace. Nessas horas, mais do que nunca, a gente precisa das palavras, para dizer ou para ouvir – para pensar, para entender. A si, ao outro.
Ed. 7Letras . Crônicas . 2013
Balaio de dois
Aparentemente, não há preocupação com o jeito de falar, a ênfase é o fato, só ele interessa. O leitor mais desatento só percebe a reflexão desejada ao ler segunda vez. Observa-se um detalhe supostamente paradoxal: o autor escreve como quem se põe a falar solto, como que distraído em seu alumbramento, mas se percebe a preocupação na colocação de certas palavras que denunciam o trabalho minucioso de escolha.
MATUSALÉM GONÇALVES PIMENTA, ESCRITOR
”Era uma vez um dia qualquer. A hora é inexata. Ali nasceu o casal. Um desejava, o outro nem sabia.